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Autocracia

  • Autorenbild: Roland Hohberg
    Roland Hohberg
  • 18. Jan.
  • 1 Min. Lesezeit

Introdução: Autocracia S.A.


Todos temos na mente uma imagem caricata do Estado autocrático. Há um homem mau no topo. Ele controla o Exército e a polícia. O Exército e a polícia ameaçam as pessoas com violência. Há colaboradores malvados e, talvez, alguns bravos dissidentes.


Entretanto, no século XXI, essa imagem tem pouca semelhança com a realidade. Atualmente, as autocracias são governadas não por um cara malvado, mas por sofisticadas redes escoradas em estruturas financeiras cleptocráticas, um complexo de serviços de segurança — militares, paramilitares, policiais — e especialistas em tecnologia que fornecem vigilância, propaganda e desinformação. Os membros dessas redes estão conectados não somente uns aos outros no interior da autocracia, mas também às redes dos outros países autocráticos e, às vezes, dos democráticos também. Empresas corruptas e controladas pelo Estado em uma ditadura fazem negócios com empresas corruptas e controladas pelo Estado em outra. A polícia de um país pode armar, equipar e treinar a polícia de muitos outros. A publicidade compartilha recursos — as fazendas de trolls e redes midiáticas que promovem a propaganda de um ditador também podem ser usadas para promover de outro — e temas: a degeneração da democracia, a estabilidade da autocracia, a perversidade dos Estados Unidos.


Isso não significa que haja alguma sala secreta na qual os caras maus se reúnem, como em um filme de James Bond, nem que nosso conflito com eles seja uma oposição binária, preto no branco, uma “Guerra Fria 2.0”. Entre os autocratas modernos, há aqueles que se autointitulam comunistas, monarquistas, nacionalistas e teocratas. Seus regimes têm diferentes raízes históricas, objetivos e estéticas.

 
 
 

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